Depois do primeiro artigo, onde partilhei aqueles que considero ser os melhores filmes de 2019, decidi criar uma segunda publicação sobre o mesmo tema, visto que são vários os filmes de 2019 que merecem destaque. E com a cerimónia dos Óscares mesmo aí à porta, não havia melhor altura para a publicação deste segundo artigo. Dito isto, vamos lá à lista!
Dor e Glória
Pedro Almodóvar nunca desilude! O mais famoso realizador espanhol de todos os tempos conseguiu, uma vez mais, comprovar todo o seu talento num filme muito bem realizado e com uma história simples e bela. Acabei por ir ver o filme a um pequeno cinema da minha cidade, numa daquelas sessões cineclubistas super intimistas e, a experiência foi muito boa. O desempenho de Antonio Banderas está magnífico e, muito provavelmente, será um dos nomeados para o Óscar de melhor ator principal.
Marriage Story
O filme de Noah Baumbach é, definitivamente, um dos filmes do ano! A par de Parasitas, este drama foi o meu filme favorito de 2019. As interpretações de Adam Driver e Scarlett Johansson merecem destaque especial e ficarei muito surpreendido em não ver o nome de ambos entre os nomeados para os Óscares de melhor ator principal e melhor atriz principal, respetivamente. A simples história que o filme nos conta, que tantas vezes vemos na vida real, é verdadeiramente apaixonante e, uma vez mais, as excelentes interpretações dos dois atores, fazem com que o espectador sinta, de uma forma intensa, todo o enredo.
Le Mans ’66: O Duelo
O último filme de James Mangold foi uma enorme surpresa. Confesso que decidi ver o filme sem grandes expectativas, contudo, o filme é, de facto, muito bom e acima da média! A interpretação de Christian Bale é, como já nos tem vindo a habituar, absolutamente fantástica (não percebo como não foi nomeado para o Óscar de Melhor Ator Secundário…) e a história baseada em factos verídicos é extremamente cativante e, confesso, que me prendeu do primeiro ao último minuto.
O Irlandês
Martin Scorsese juntou novamente alguns dos mais icónicos atores do seu “gangue” e realizou, uma vez mais, uma obra prima! O Irlandês, além de ser um filme extremamente comprido (como de resto Scorsese nos tem vindo a habituar), a verdade é que o filme vê-se muito bem pelo simples facto de contar uma história cativante (pelo menos para mim) e de contar com algumas das melhores interpretações do ano (a sério que o Robert De Niro não foi nomeado para o Óscar?!?). Se ainda não tiveram coragem de ver esta obra cinematográfica pelo simples facto de ter 3 horas e 29 minutos de duração, façam um esforço, tenho certeza que não se vão arrepender.
1917
O filme de Sam Mendes foi o filme deste ano que mais elevou as minhas expectativas. Fui de propósito ao cinema ver o filme e, além de ser uma fantástica obra prima, saí um pouco desiludido da sala. Visualmente o filme é deslumbrante e extremamente bem realizado, mas peca, a meu ver, num aspecto extremamente importante: o filme não é tão emocional quanto devia e quanto eu estava à espera que fosse. Contudo, o novo filme de Sam Mendes é um filme que merece estar entre os melhores do ano.
Extra:
Ad Astra
O “Ad Astra” não é um filme que toda a gente vai achar brilhante, mas a verdade é que desde “Interstellar” que não via um filme espacial tão bom (afinal ainda vi pelo meio o filme “O Primeiro Homem na Lua” que também é muito bom). O filme, realizado por James Gray, é visualmente muito bonito e, como já é uma norma neste tipo de filmes, a banda sonora também é muito boa. Brad Pitt, uma vez mais, não desilude e conseguiu em “Ad Astra” uma performance super segura. Contudo, não será o desempenho neste filme a fazer de Brad Pitt um possível vencedor de um Óscar na próxima cerimónia da Academia, mas sim em “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino.
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